sexta-feira, 22 de junho de 2012

Dia de São João

O Dia de São João é comemorado no dia 24 de Junho. São João é conhecido como "Santo festeiro”, e nesse dia são realizadas muitas festas e comemorações, cheias de danças. Alguns símbolos muito conhecidos nas celebrações são a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha e o manjericão e outros. O São João é uma das principais figuras das festas juninas.
O Dia de São João também possui várias comida típicas, como rapaduras, amendoim, bolo de milho, e estão sempre presente nas festas. Cidades do interior do Brasil, em especial fazem festas mais típicas e possuem costumes bastante difundidos entre todos os habitantes, diferentemente do que acontece na maioria das cidades grandes e também no Nordeste.

Origem do Dia de São João

O Dia de São João é comemorado em 24 de Junho pois é a data tradicionalmente atribuída ao seu nascimento. São João é considerado o santo mais próximo de Cristo, pois além de ser seu parente de sangue, Jesus foi batizado por João nas margens do Jordão.


                                     

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Santo António (português europeu) ou Antônio (português brasileiro) de Lisboa, internacionalmente conhecido como Santo António de Pádua, OFM (Lisboa, 15 de Agosto de 1191-1195 ? - Pádua, 13 de Junho de 1231), de seu nome de batismo Fernando Martins de Bulhões, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII.
Primeiramente foi frade agostiniano, tendo ingressado como noviço (1210) no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa, indo posteriormente para o Convento de Santa Cruz, em Coimbra, onde fez seus estudos de Direito. Tornou-se franciscano em 1220 e viajou muito, vivendo inicialmente em Portugal, depois na Itália e na França. No ano de 1221 passou a fazer parte do Capítulo Geral da Ordem de Assis, a convite do próprio Francisco, o fundador, que o convidou também a pregar contra os albigenses em França. Foi transferido depois para Bolonha e de seguida para Pádua, onde morreu aos 36 (ou 40) anos.
Sua fama de santidade o levou a ser canonizado pela Igreja Católica pouco depois de falecer, distinguindo-se como teólogo, místico, asceta e sobretudo como notável orador e grande taumaturgo. Santo António de Lisboa é também tido como um dos intelectuais mais notáveis de Portugal do período pré-universitário. Tinha grande cultura, as referências ilustrativas que apresentava em seus sermões indicam que ele estava familiarizado com as obras de Plínio, o Velho, Cícero, Sêneca, Boécio, Galeno e Aristóteles, entre outros autores clássicos, sendo versado em diversos aspectos das ciências profanas. Seu grande saber o tornou uma das mais respeitadas figuras da Igreja Católica de seu tempo. Foi o primeiro Doutor da Igreja franciscano, e seu conselho era buscado pelo próprio São Francisco. São Boaventura disse que ele possuía a ciência dos anjos.


Santo António de Lisboa, OFM viveu na primeira metade do século XIII, em plena Idade Média. Desenvolviam-se as cidades extra-muros (os burgos) e uma nova classe social de artesãos, mercadores, banqueiros, notários e médicos ascendia na sociedade e no poder: a burguesia.
Na Europa formavam-se as nacionalidades sob a égide do Sacro Império e os exércitos dos anglos, francos e germanos, dominados pelo espírito da cruzada, combatiam os turcos muçulmanos no Oriente (na Terra Santa) e os berberes muçulmanos no Ocidente (na Península Ibérica).
Em Portugal, nesse século, três reis sucederam-se no trono: primeiro Sancho I, filho de D. Afonso Henriques, empenhado em alargar o território e proceder ao povoamento do país que surgira sob o governo do seu pai; depois Afonso II neto de D. Afonso Henriques, que se envolveu em lutas civis contra suas irmãs, o que motivou a perda dos territórios já conquistados aos mouros a sul do Tejo, e finalmente Sancho II, filho deste último, grande conquistador, que se envolveu em questões com a Igreja Católica e com o papado e foi excomungado e deposto pelo Papa Inocêncio IV a favor de seu irmão Afonso III, conde de Bolonha.

Biografia

 

Santo António nasceu em Lisboa em data incerta, entre 1191 e 1195 (aceita-se oficialmente a data de 15 de agosto de 1195), filho de Martim de Bulhões e Maria Teresa Taveira Azevedo, numa casa próxima da Sé de Lisboa, às portas da cidade, no local, assim se pensa, onde posteriormente se ergueu a igreja sob sua invocação. Também a forma de seu nome de batismo é obscura, pode ter sido Fernando Martins ou Fernando de Bulhões. Várias biografias escritas no século XV dizem que o pai era descendente do celebrado Godofredo de Bulhões, comandante da I Cruzada, e que a mãe descendia de Froila I, rei de Astúrias, mas embora fossem nobres e ricos, tal ascendência nunca pôde ser comprovada.
Fez os primeiros estudos na Igreja de Santa Maria Maior (hoje Sé de Lisboa), sob a direção dos cônegos da Ordem dos Regrantes de Santo Agostinho. Como era a prática da ordem, deve ter recebido instrução no currículo das artes liberais do trivium e do quadrivium, o que certamente plasmou seu caráter intelectual. Ingressando ainda um adolescente como noviço da mesma Ordem, no Mosteiro de São Vicente de Fora, iniciou os estudos para sua formação religiosa. A biblioteca de São Vicente de Fora era afamada pela sua rica coleção de manuscritos sobre as ciências naturais, em especial a medicina, o que pode explicar as constantes referências científicas em seus sermões
Poucos anos depois pediu permissão para ser transferido para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, a fim de evitar distrações profanas, já que era constantemente visitado por amigos e parentes, e aperfeiçoar sua formação. Coimbra era na época o centro intelectual de Portugal, e ali ele deve ter se envolvido profundamente no estudo das Escrituras e nos textos dos Padres da Igreja. Nesta época entrou em contato com os primeiros missionários franciscanos, chegados a Portugal em 1217, e que estavam a caminho do Marrocos para evangelizar os mouros. Sua pregação do Evangelho no espírito de simplicidade, idealismo e fraternidade franciscana, e sua determinação missionária, devem ter tocado o sentimento de Fernando. Entretanto, uma impressão ainda mais forte ocorreu quando os corpos desses frades, mortos em sua missão, voltaram a Coimbra, onde foram honrados como mártires. Autorizado a juntar-se a outros franciscanos que tinham um eremitério nos Olivais, sob a invocação de Santo Antônio do Deserto, mudou seu nome para Antônio e iniciou sua própria missão em busca do martírio

Sua missão

Por essa altura, decidiu deslocar-se ele também ao Marrocos, mas lá chegando foi acometido por grave doença, sendo persuadido a retornar. Fê-lo desalentado, já que não havia proferido um único sermão, não convertera nenhum mouro, nem alcançara a glória do martírio pela fé. No regresso, uma forte tempestade arrastou o barco para as costas da Sicília, onde encontrou antigos companheiros. Ali se quedou até a primavera de 1221, dirigindo-se com eles então para Assis a fim de participarem do Capítulo da Ordem - o último que seria feito com a presença do fundador. Em Assis encontrou-se com São Francisco de Assis e os seus primeiros seguidores, um evento de grande importância em sua carreira. Sendo designado para um eremitério em Montepaolo, na província da Romagna, ali passou cerca de quinze meses em intensas meditações e árduas disciplinas.
Pouco depois aconteceu uma ordenação de frades em Forlì, quando deixou o isolamento e para lá se dirigiu. Até então os franciscanos não sabiam de sua sólida formação, mas faltando o pregador para a cerimônia, e não havendo nenhum frade preparado para tal, o provincial solicitou a Antônio que falasse o que quer que o Espírito Santo o inspirasse. Protestou, mas obedeceu, e dissertando para os franciscanos e dominicanos lá reunidos de forma fluente e admirável, para a surpresa de todos, foi de imediato destinado pelo provincial à evangelização e difusão da doutrina pela Lombardia. Entretanto, a prática franciscana desencorajava o estudo erudito, mas em novembro de 1223 o papa Honório III sancionou a forma final da Regra da Ordem Franciscana, onde uma formação mais aprimorada se tornou autorizada, desde que submissa ao trabalho manual, à prece e à vida espiritual. Recebendo a aprovação para a tarefa pastoral do próprio Francisco, fixou-se então em Bolonha, onde se dedicou ao ensino da teologia na universidade e à pregação. Deslocando-se em seguida para a França, ensinou nas universidades de Toulouse e Montpellier, passando também por Limoges.
Em 1226 assistiu ao Capítulo de Arles, e em outubro do mesmo ano, após a morte de Francisco, seviu como enviado da Ordem ao papa Gregório IX, para apresentar-lhe a Regra da Ordem. Em 1227 foi indicado provincial da Romagna e passou os três anos seguintes pregando na região, incluindo Pádua, para audiências cada vez maiores. Nesse período colocou por escrito diversos sermões. Em 1230 solicitou ao papa dispensa de suas funções como provincial para dedicar-se à pregação, reservando algum tempo para a contemplação e prece no mosteiro que havia fundado em Pádua. Sempre trabalhando pelos necessitados, envolveu-se também em questões políticas, a exemplo de sua viagem a Verona para pedir a libertação de prisioneiros guelfos feitos pelo tirano gibelino Ezzelino, e em 1231 persuadiu a municipalidade de Pádua a elaborar uma lei que impedia a prisão por dívidas se houvesse a possibilidade de compensação de outras formas.
Tumba e altar do santo na sua basílica de Pádua
Pouco depois da Páscoa de 1231 sentiu-se mal, declarou-se hidropisia e ele deixou Pádua para dirigir-se ao eremitério de Camposanpiero, nos arredores da cidade. Seus companheiros ergueram-lhe uma cabana no alto de uma árvore, onde permaneceu alguns dias. Percebendo que a morte estava próxima, pediu para ser levado de volta a Pádua, mas apenas tendo alcançado o convento das clarissas de Arcella, ali faleceu, em 13 de junho de 1231. As clarissas reclamaram seu corpo, mas a multidão acabou sabendo de seu passamento, tomou-o e o levou para ser sepultado na Igreja de Nossa Senhora em Pádua. Sua fama de santidade era tamanha que foi canonizado logo no ano seguinte, em 30 de maio, pelo papa Gregório IX. Os seus restos mortais repousam desde 1263 na Basílica de Santo Antônio de Pádua, construída em sua memória logo após sua canonização. Quando sua tumba foi aberta para iniciar o processo de translado, sua língua foi encontrada incorrupta, e São Boaventura, presente no ato, disse que o milagre era prova de que sua pregação era inspirada por Deus. E incorrupta está até hoje, em exposição na Capela das Relíquias da Basílica. Foi proclamado Doutor da Igreja pelo papa Pio XII em 16 de janeiro de 1946 e é comemorado no dia 13 de junho

Sua pregação, seus escritos e a presença contemporânea de sua obra

Entre suas várias qualidades, chamou a atenção de seus contemporâneos seu admirável dom como pregador. Muitas descrições de época referem o fascínio que sua fala exercia sobre as multidões de pessoas simples e também sobre clérigos doutos, e embora o efeito de sua oração a viva voz não possa mais ser recuperado, seu estilo e os conteúdos que abordava podem ser conhecidos em parte através dos 77 sermões que sobreviveram e constam em sua obra publicada em edição crítica, Sermões Dominicais e Festivos, e que são considerados autênticos, conforme disse José Geraldo Freire. São textos eloquentes, persuasivos, cheios de zelo messiânico, sendo frequentes a defesa do pobre e a reprimenda do rico, e o combate às heresias de seu tempo, como as dos albigenses e valdenses, com uma eficácia tanta que lhe foi dado o apelido de malleus hereticorum (o martelo dos heréticos).
Embora a tradição atribua seu dom à inspiração divina, não é possível deixar de considerar o importante papel que sua formação erudita desempenhou neste aspecto de sua vida e obra. A análise das referências que fez em seus escritos, junto com o levantamento das fontes literárias presentes em seu tempo nas bibliotecas que frequentou, especialmente a de Santa Cruz, atestam sem sombra para dúvidas que sua preparação intelectual foi ampla e profunda. Além de um conhecimento detalhado da Bíblia, dos escritos dos Padres da Igreja e outros escritores cristãos, são encontradas citações de clássicos como Aristóteles, Cícero, Catão, Sócrates, Dioscórides, Donato, Eliano, Escribônio, Euquério de Lião, Festo Solino, Filão de Alexandria, Tibulo, Sérvio, Públio Siro, Juvenal, Plínio, o Velho, Varrão, Sêneca, Flávio Josefo, Horácio, Ovídio, Lucano e Terêncio. Seu conhecimento das ciências naturais ultrapassa em muito o currículo regular das artes liberais medievais, aprofundando-se em áreas como a medicina, a física, a história natural, a cosmografia, mineralogia, zoologia, botânica, astronomia e óptica. Nas palavras de José Antunes,
Santo Antônio em pintura de Alvise Vivarini
"Santo Antônio de Lisboa, embora muito festejado e venerado como santo pelo povo, é menos conhecido como um homem de cultura literária invulgar e como um verdadeiro intelectual da Idade Média. Reveladora dessa cultura ímpar, é a sua obra escrita, cheia de beleza e densidade de pensamento, como nos testemunham os seus Sermões, autênticos tesouros da Literatura e da História. Vasta, profunda, extraordinária, a respeito da Sagrada Escritura. Ampla, variada e bem apropriada nas transcrições dos Padres da Igreja e dos Autores Clássicos. Impressionante, para o tempo, não apenas pelo conhecimento que revela das ciências naturais e das humanidades, mas igualmente pelo erudito discurso sobre noções jurídicas, como Poder, Direito e Justiça".
Naturalmente, era fiel à ortodoxia cristã. Apesar de sua extensa cultura profana, considerava a Escritura sagrada a fonte da ciência superior, da verdadeira ciência, da qual todas as outras eram meras servas e simples coadjutoras no trabalho da Salvação. Por isso deu grande importância à uma boa exegese do texto sagrado, privilegiando a extração do seu sentido moral. Nota-se ainda em sua obra alguns dos primeiros sinais de um progressivo abandono do pensamento medieval, que apresentava o homem e o mundo como desprezíveis e fontes do pecado, abrindo-se a uma apreciação mais positiva da vida concreta e do relacionamento humano, entendendo o ser humano como uma maravilhosa obra divina. Na análise de Pedro Calafate,
"Santo António não olvidará a excelência da contemplação, mas sublinhará não obstante a circunstância terrena do homem como corpo e alma, sem deixar de considerar que a abertura à exterioridade não transforma o amor aos outros e às criaturas no apego à posse das coisas, estando neste caso o culto da pobreza, nomeadamente as críticas severas que dirigiu aos prelados e dignatários eclesiásticos, por se comprazerem nos luxos do século. Tratando-se de uma espiritualidade que não olvidou a dimensão prática e vivencial, equacionou também a relação entre a ação e a contemplação no quadro da mística. Filha da vontade e do amor, numa alienatio mentis que supera o plano estritamente racional para que a alma, inteiramente conduzida pela graça, contemple Deus como em espelho ou em enigma, a mística tampouco representará uma renúncia à vida ativa, nem às exigências da vertente racional do homem, porque a alma volta e regressa à vida ativa para a realizar com maior perfeição, numa confluência entre o entender e o contemplar, o saber e a sabedoria". [17]
Contudo, é de dizer que na forma como chegaram, os ditos sermões são antes um manual didático para os noviços do que transcrições de sermões verdadeiramente proferidos. Foram produzidos para seus alunos, para instruí-los na arte predicatória, a fim de que depois eles pudessem converter com sucesso os pecadores e infiéis à fé cristã. Apesar disso, eles possuem em seu conjunto pouca ordem sistemática.
Os sermões são ainda um precioso documento de época, muitas vezes fazendo alusões às transformações sociais e econômicas que ocorriam durante aquele período, atestando o crescimento das cidades, o florescimento das atividades artesanais e do comércio, o surgimento das corporações de ofícios, as diferenças de classes. Além dos conteúdos sacros, que ainda preservam seu caráter inspirador, tais alusões - onde surge aguda crítica social na condenação da avareza, da usura, da inveja, do egoísmo, da falta de ética na administração pública, dos falsos moralistas e hipócritas, dos maus pastores de almas, do orgulho dos eruditos, dos ricos ensimesmados em sua opulência que oprimem e excluem os pobres do tecido social - são responsáveis pelo valor perene e atual de seus escritos, sendo passíveis de imediata identificação com muitas circunstâncias e contradições da vida contemporânea.

Tradição taumatúrgica, iconografia e veneração

Aparição do Menino Jesus ao santo
Diz a tradição que em sua curta vida operou muitos milagres, como seguem alguns exemplos. Certa feita, meditando à beira-mar sobre a frequente aparição da imagem do peixe nas Escrituras, os peixes teriam se reunido a seus pés para escutá-lo. Teria restaurado um campo de trigo maduro para colheita que fora estropiado por uma multidão que o seguia; teria protegido milagrosamente seus ouvintes da chuva que caía durante um sermão, e uma mulher impedida pelo marido de ir ouvi-lo pôde escutar suas palavras a quilômetros de distância. Outros milagres populares são: quando em disputa com um herege albigense sobre a presença ou não do Deus vivo na hóstia consagrada, o herege, chamado Bonvillo, disse que se uma mula, tendo passado três dias sem comer, honrasse uma hóstia em detrimento de uma ração de aveia, ele acreditaria no santo. Segundo a história, assim que a mula foi liberta de seu cercado, faminta, desviou-se da ração e ajoelhou-se diante da hóstia que Antônio lhe mostrava. Restaurou o pé amputado de um jovem; soprou na boca de um noviço para expulsar as tentações que sofria, confirmando-o em sua vocação; quando hereges colocaram veneno em sua comida para verificar sua santidade, o santo fez o sinal da cruz sobre o alimento, comeu-o e nada sofreu, para o vexame dos seus tentadores. Outro milagre famoso trata-se da aparição do Menino Jesus ao santo durante uma de suas orações, uma cena multiplicada abundantemente em sua iconografia. Também é bastante conhecido um milagre ocorrido durante sua pregação num consistório diante do papa, inúmeros cardeais e clérigos, e gentes de várias nações, quando, discorrendo com sutilíssimo discernimento sobre intrincadas questões teológicas, todos ouviram sua pregação na sua própria língua materna. Na ocasião, diante de tão assombroso fenômeno, que parecia uma reedição do Pentecostes bíblico, o papa o teria chamado de "a arca do Testamento, o arsenal da Sagrada Escritura".
Estatueta popular de Santo Antônio e o Menino, Museu Municipal de Caxias do Sul
A sua representação iconográfica de longe mais frequente é a de um jovem tonsurado envergando o hábito dos frades franciscanos, segurando o Menino Jesus sobre um livro ou entre os braços, a quem contempla com expressão terna, e tendo uma cruz, ou um ramo de açucenas, na outra mão. Esses atributos podem ser substituídos por um saco de pão, que distribui entre pobres ou idosos.
É considerado padroeiro dos amputados, dos animais, dos estéreis, dos barqueiros, dos velhos, das grávidas, dos pescadores, agricultores, viajantes e marinheiros; dos cavalos e burros; dos pobres e dos oprimidos; é padroeiro de Portugal, e é invocado para achar-se coisas perdidas, para conceber-se filhos, para evitar naufrágios, para conseguir casamento. A devoção popular o colocou entre os santos mais amados do Cristianismo, cercou-o de riquíssimo folclore e lhe atribui até os dias de hoje inúmeros milagres e graças. Igrejas a ele consagradas se multiplicam pelo mundo, tem vasta iconografia erudita e popular, a bibliografia devocional que ele inspira é volumosa, e em sua homenagem uma quantidade incontável de pessoas recebeu o nome Antônio, além de inúmeras cidades, bairros e outros logradouros públicos, empresas e mesmo produtos comerciais em todo o mundo também terem seu nome.
É um dos santos honrados nas popularíssimas Festas Juninas e diversos costumes folclóricos estão ligados ao santo. a título de exemplo, no Brasil moças casadoiras retiram o Menino Jesus das estátuas e só o devolvem quando arrumam casamento; uma prece especial, os "responsos", são feitas para que ele ajude a encontrar objetos perdidos; no dia de sua festa muitas igrejas distribuem um pão especialmente abençoado, os "pãezinhos de Santo Antônio", que deve ser guardado em uma lata de mantimentos para que não falte alimento na casa.
Ele teve inclusive uma brilhante carreira militar póstuma. Inúmeras cidades da Espanha, Portugal e Brasil lhe conferiram títulos militares, condecorações, insígnias e outras honrarias, iniciando-se o curioso hábito quando o regente Dom Pedro ordenou em 1668 que ele fosse recrutado e assentasse praça como soldado raso no II Regimento de Infantaria em Lagos, sendo promovido sucessivamente a capitão e coronel. Com o posto de tenente-coronel, sua imagem foi levada pelo XIX Regimento de Infantaria em Cascais à frente dos combates da Guerra Peninsular, recebendo depois uma condecoração. Dom João VI, apos o feliz desembarque no Brasil em sua fuga da invasão napoleônica, o nomeou sargento-mor, promovendo-o depois a tenente-coronel. No Brasil foi onde recebeu mais títulos, recebendo inclusive soldo em vários locais até depois de proclamada a República. Em Igarassu foi nomeado oficialmente Protetor da Câmara de Vereadores.

                                                  simpatia


 Logo na manhã do dia 12 de Junho, véspera de Santo Antonio, compre um metro de fita azul, de qualquer largura, e escreva nela o nome completo da pessoa amada. Guarde a fita junto ao seu coraçao. À noite, conte 7 estrelas no céu, e enquanto conta faça um pedido ao santo, para que ele ajude você a conquistar o coração dessa pessoa. No dia seguinte, amarre a fita nos pés da imagem de Santo Antonio e deixe lá, até conseguir namorar com ele ou com outro de seu agrado.

 

O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais sendo comum a troca de cartões e presentes com simbolismo de mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons. No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de junho. Em Portugal também acontecia o mesmo até há poucos anos, mas atualmente é mais comum a data ser celebrada em 14 de Fevereiro.

A história do Dia de São Valentim remonta a um obscuro dia de jejum tido em homenagem a São Valentim. A associação com o amor romântico chega depois do final da Idade Média, durante o qual o conceito de amor romântico foi formulado.

O bispo Valentim lutou contra as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes.

Além de continuar celebrando casamentos, ele se casou secretamente, apesar da proibição do imperador. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens lhe enviavam flores e bilhetes dizendo que ainda acreditavam no amor. Enquanto aguardava na prisão o cumprimento da sua sentença, ele se apaixonou pela filha cega de um carcereiro e, milagrosamente, devolveu-lhe a visão. Antes da execução, Valentim escreveu uma mensagem de adeus para ela, na qual assinava como “Seu Namorado” ou “De seu Valentim”.

Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza). Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade, em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.

Outra versão diz que no século XVII, ingleses e franceses passaram a celebrar o Dia de São Valentim como a união do Dia dos Namorados. A data foi adotada um século depois nos Estados Unidos, tornando-se o The Valentine's Day. E na Idade Média, dizia-se que o dia 14 de fevereiro era o primeiro dia de acasalamento dos pássaros. Por isso, os namorados da Idade Média usavam esta ocasião para deixar mensagens de amor na soleira da porta do(a) amado(a).

Atualmente, o dia é principalmente associado à troca mútua de recados de amor em forma de objetos simbólicos. Símbolos modernos incluem a silhueta de um coração e a figura de um Cupido com asas. Iniciada no século XIX, a prática de recados manuscritos deu lugar à troca de cartões de felicitação produzidos em massa. Estima-se que, mundo fora, aproximadamente mil milhões (Portugal) (um bilhão no Brasil) de cartões com mensagens românticas são enviados a cada ano, tornando esse dia um dos mais lucrativos do ano. Também se estima que as mulheres comprem aproximadamente 85% de todos os presentes no Brasil.

O dia de São Valentim era até há algumas décadas uma festa comemorada principalmente em países anglo-saxões, mas ao longo do século XX o hábito estendeu-se a muitos outros países.

No Brasil, a data é comemorada no dia 12 de Junho por ser véspera do 13 de Junho, Dia de Santo António, santo português com tradição de casamenteiro.

A data provavelmente surgiu no comércio paulista, quando o comerciante João Dória trouxe a ideia do exterior e a apresentou aos comerciantes. A ideia se expandiu pelo Brasil, amparada pela correlação com o Dia de São Valentim — que nos países do hemisfério norte ocorre em 14 de fevereiro e é utilizada para incentivar a troca de presentes entre os apaixonados.

11 de Junho Dia da Marinha Brasileira

OS PATRONOS NA MARINHA

O Patrono da Marinha

O Almirante Joaquim Marques Lisboa e Marques de Tamandaré – O Nelson Brasileiro, é por tradição cultuado patrono da Marinha do Brasil, em razão, segundo o espírito do Aviso 3322 de 4 dez 1925 que instituiu o seu aniversário como o Dia do Marinheiro e Dia de Tamandaré, "representar na História Naval Brasileira a figura de maior destaque dentre os ilustres oficiais de Marinha que honraram e elevaram a sua classe". E mais que, "neste dia deveria a Marinha render-lhe as homenagens reclamadas por seus inomináveis serviços à liberdade e união dos brasileiros, demonstrando que o seu nome e exemplos, continuam bem vivos no coração de quantos sabem honrar a impoluta e gloriosa farda da Marinha Brasileira".

Marinha Brasileira

Por seus quase 67 anos de heróicos, legendários e excepcionais serviços prestados à Marinha, é por ela hoje considerado o seu marinheiro símbolo e padrão.

O futuro Almirante Tamandaré ingressou na Marinha do Brasil em 4 mar 1823, aos 16 anos, tendo sido designado para servir a bordo da fragata "Niterói", como praticamente de piloto, ao comando de Taylor que, integrando esquadra brasileira de Lord Cockrane, combateu os portugueses na guerra da Independência, na Bahia, em 1823.

Terminada esta guerra, na qual se destacou, freqüentou por quase um ano a Academia Imperial dos Guardas - Marinha, até ser requisitado pelo Almirante Cockrane para embarcar na nau "D. Pedro I" destinada a combater a Confederação do Equador, no Nordeste. Nestas ações se impôs a admiração e estima dos seus chefes que atestaram que ao tempo de sua participação na guerra da Independência "já possuía condições de conduzir uma embarcação a qualquer parte do mundo". Com isto conseguiu sua promoção a 2º Tenente em 2 ago 1825, marco de sua brilhante carreira que o conduziria a condição de marinheiro de guerra símbolo e padrão do Brasil. Conforme escreveu Gustavo Barroso: "foi Tamandaré marinheiro do primeiro e segundo Império, que vira o Brasil Reino, guerreara na Independência, no Prata, tomara parte ao lado da lei em quase todas as convulsões da Regência, criara e legara a vitória no Uruguai e no Paraguai à Marinha, do segundo Império, assistira a Proclamação da República, a Revolta da Esquadra, pisara o convés de tábuas dos veleiros e na coberta chapeada de ferro dos encouraçados, vira a nau e o brigue, o vapor de rodas e o monitor e a couraça e o torpedeiro destinada a vencê-la".

Tamandaré é grande parte da História do Brasil e de sua Marinha.

Após haver combatido na guerra da Independência na Bahia, em 1823 e na Confederação do Equador, em 1824, Tamandaré lutou na guerra Cisplatina 1825-28, inclusive no comando de dois navios, aos 20 anos, quando capturou em ação os barcos adversários "Ana" e "Ocho de Fabrero", além de haver lutado bravamente em Corales e Lara Quilmes. Teve atuação febril no combate as Setembrizada (set 1831) e Abrilada (abr 1832) e Praiera (1840) em Pernambuco e Sabinada (1835), na Bahia e Balaiada (1841), no Maranhão (1841). Ali comandou as forças navais, quando, em apoio a Caxias, desempenhou ação decisiva no campo logístico e operacional.

Por estar enfermo não combateu na guerra contra Oribe e Rosas (1851-52). Manteve ação brilhante direta na guerra contra Aguirre, em 1864 e destacada na guerra da Tríplice Aliança contra o Paraguai (1865-70), até 22 dez 1866.

Seu maior feito militar foi haver comandado a conquista da cidade oriental de Paissandú, 1 e 2 jan 1865.

Vitória que assegurou as forças militares do Brasil, posição estratégica de real valia na vigilância de fronteira, além de com ela abrir os portos à posse de Montevidéu, conseguida com o acampamento do nosso Exército em Frai Bentos e de nossa Marinha no porto de Montevidéu.

Em 11 jun 1865 travou-se a vitoriosa batalha do Riachuelo, a maior batalha naval da América do Sul vencida pela 2ª e 3ª divisões da Esquadra Brasileira sob o seu comando , e então comandada pelo Almirante Barroso.

Tamandaré após relevantes serviços no comando da Esquadra Brasileira em operações, passou o comando da mesma, em Curuzú, encerrando, assim, mais de 30 anos de assinalados serviços à Segurança do Brasil, passando a prestar, até 20 jan 1890, data de sua reforma, depois de quase 67 anos de notáveis serviços à administração naval.

Tamandaré nasceu em 13 dez 1807, na Vila de São José do Norte, no Rio Grande do Sul. Sua infância e meninice transcorreu debruçado no sangradouro da Lagoa dos Patos, onde desenvolveu grande habilitação em natação e aprendeu navegação. Inúmeras vezes atravessou o canal que mais tarde mapeou, como capitão, em vai e vem, entre as vilas de São José do Norte e Rio Grande.

Seu padrinho de batismo foi o legendário fronteiro Marechal Manoel Marques de Souza, precursor da Independência e que guiara como tenente, as tropas de terra e mar que reconquistaram, em ação conjunta, ao comando do tenente general Henrique Böhn e a partir de São José do Norte, a Vila do Rio Grande, em 1º abr 1776, e há 13 anos em poder dos espanhóis.

O velho, experimentado, audaz, corajoso lobo do mar brasileiro, Almirante Tamandaré, âncora da lei, baluarte defensor da Nacionalidade, findou sua existência aos 88 anos, em 20 mar 1897, no Rio de Janeiro. Dispensou honras fúnebres. Seis marinheiros de sua gloriosa e querida Marinha o transportaram da sua casa ao carro fúnebre.

Tamandaré sublimou as Virtudes Militares de Bravura, Coragem, Honra Militar, Desprendimento, Devoção e Solidariedade. Da última falam seus heróicos e repetidos feitos de repercussão internacional, de salvar navios e pessoas, em perigo no mar, sobre o que escreveu Gustavo Barroso, a propósito de um salvamento na Amazônia: "A esse homem que nascerá predestinado às lides guerreiras, o destino reservara miraculosas salvações de navios e pessoas. Fizera-as já no Rio da Prata, nas águas plúmbeas da Patagônia, acabava de fazê-las no Mar Dulce da Amazônia, fá-las-ia ainda nos mares da Europa e do Brasil".

O Patrono do Serviço de Saúde

Marinha Brasileira

O Alte grad. Dr. Joaquim Cândido Soares Meirelles foi consagrado, por Dec. 63.684 de 25 nov 1968, patrono do Serviço de Saúde da Marinha, por sua ação assinalada e superior, não só como médico de nomeada, como por suas corajosas e pioneiras posições em defesa de melhores condições para seus doentes. Tudo, no exercício, por 19 anos (1845-64) das funções de Chefe do Serviço de Saúde de nossa Marinha.

Dentre suas ações na chefia da Saúde registra-se: Instituição da visita médica quinzenal aos navios e quartéis, para descobrir e isolar doentes com possibilidade de contágio; exigência de vacinação antivariólica no pessoal dos navios, quartéis e hospitais; recomendação de profilaxia de doenças venéreas e sifilíticas; manifestação contrária a castigos corporais e má alimentação do pessoal dos navios; crítica aos critérios de seleção de pessoal; recomendação para substituir-se o uso de aguardente por café e construção de hospital condigno na atual Cinelândia, em 1861, e indicação para criar-se uma Escola de Ginástica e Natação para desenvolver o físico dos recrutas admitidos como grumetes.

Todas estas posições, segundo Luiz Castro e Souza, eram feitas com "altivez, dignidade, respeito e sobretudo, com autoridade de uma chefia autêntica". Soares Meirelles formou-se cirurgião de 1817-22, no Curso Academia Médico-Cirúrgica que funcionava no Hospital Militar do Morro do Castelo. Em 1817 obteve os títulos de doutor em medicina e cirurgia pela Faculdade de Medicina de Paris. Antes de ingressar na Marinha, Soares Meirelles foi médico do Exército de 1819-28, tendo servido nos atuais regimentos Sampaio e Dragões da Independência, no Rio e no Regimento de Cavalaria e Hospital Militar, em Ouro Preto.

Nesta condição junto com mais 11 oficiais do Exército, por Dec. de 29 jan 1825, visitou a França em viagem de aperfeiçoamento técnico. Então freqüentou hospitais militares e retomou o contato com a medicina e cirurgia francesas. Soares Meirelles foi o fundador e idealizador da Academia Nacional de Medicina e foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Nasceu a margem do rio das Velhas, em Sabará - MG, em 5 nov 1797, e faleceu no Rio, em 13 jul 1868, aos 71 anos.

O Patrono dos Quadros de Oficiais Auxiliares

Marinha Brasileira

O V. Alte João do Prado Maia, historiador e professor foi consagrado, em vida, por Port. 1037 de 13 nov 1986, o patrono dos Quadros dos Oficiais Auxiliares, por haver sido o 1º marinheiro a atingir o posto de Almirante, após brilhante, fecunda e modelar carreira, galgada com inteligência, tenacidade, devoção, disciplina, força de vontade e muito estudo e, mais, por sua exemplar e marcante atuação como oficial do nóvel Quadro de Oficiais Auxiliares, de 2º ten a cap (1938-46), quando, inclusive, secretariou os ministros da Marinha – Almirantes Henrique Guilherme, Jorge Dodsworth e Sílvio Noronha. Prado Maia, órfão aos 8 anos, ingressou na Marinha aos 14, em 21 set 1911.

Cursou com distinção as escolas de Aprendizes de Marinheiros, de Grumetes e de Torpedos e Minas Submarinas. Como cabo participou da 1ª Guerra integrando a Divisão Naval de Operações de Guerra (DNOG). Foi escrevente de 1919-37, inclusive no Gabinete do Ministro. De 1946-56, como oficial superior do Magistério lecionou Português e História na Escola Naval. Em 11 jun 1956, com 45 anos de serviços, foi para a reserva como V. Alte, após o que realizou notável e fecunda obra de divulgação da História e Tradições da nossa Marinha, em artigos, conferências e livros onde se destaca: As tradições dos homens do Mar que tem iniciado nas fainas de marinheiro, sucessivas gerações de alunos dos Colégio e Escola Naval.

Foi membro ativo e assíduo dos Institutos Histórico e Geográfico Brasileiro e de Geografia e História Militar do Brasil onde com ele convivemos e podemos confirmar tratar-se de: Marinheiro, cidadão, chefe de família e amigo, exemplar e inesquecível. Prado Maia que devotava a Marinha um amor filial, viveu com ela e para ela cerca de 78 anos. Nasceu em 24 mar 1897, em Belém - Pará e faleceu no Rio em 25 jun 1985, aos 88 anos.





A Marinha é de extrema importância para o país, que possui uma fronteira marítima com mais de 8.500 km - cerca de quatro mil milhas. Temos 16 portos principais e 4 grandes terminais, por onde circulam mais de 26 mil navios por ano.

Três quartos da carga transportada pelos navios em nosso território é referente ao comércio exterior. Por outro lado, 95% de todo o comércio exterior do Brasil passa, em algum momento, por linhas de comunicações marítimas.

Por tudo isso, um dia é pouco para comemorar a importância da Marinha para o país.

Mas essa importância não se dá apenas nos dias de hoje. Já se pode falar de Marinha no Brasil desde 1567, nas lutas para defender o território brasileiro.

Muitos embates se deram no mar, inclusive com utilização de meios navais indígenas.

Outras batalhas foram travadas para expulsar os franceses que estabeleciam colônias na costa brasileira no século XVII e o papel das esquadras marítimas foi fundamental, principalmente entre os anos de 1610 e 1615.

Demorou um pouco mais para o Brasil constituir sua própria esquadra, independentemente de Portugal.

Em 1823, a Marinha desempenhou importante papel para a consolidação da independência, pois foi a responsável pela formação da primeira esquadra brasileira.

Com ajuda da marinha inglesa, a frota brasileira conseguiu recuperar o Norte, o Nordeste e a Província Cisplatina ao território do país.

Outras participações importantes foram

Combate Naval de Abrolhos, expulsando os holandeses, em 1631; ação naval na Baía de Todos os Santos, expulsando os holandeses de Salvador em 1635; Batalha Naval do Riachuelo, em 1865, na Guerra Cisplatina; na Primeira Guerra Mundial, em 1918, apoiando os Aliados; na Segunda Guerra Mundial, de 1941 a 1945, também apoiando os Aliados na luta contra o nazi-fascismo.

10 de junho dia da Língua Portuguesa

A língua portuguesa, também designada português, é uma língua românica flexiva originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no Norte de Portugal. A parte sul do Reino da Galiza se tornou independente, passando a se chamar Condado Portucalense em 1095 (um reino a partir de 1139). Enquanto a Galícia diminuiu, Portugal independente se expandiu para o sul (Conquista de Lisboa, 1147) e difundiu o idioma, com a Reconquista, para o sul de Portugal e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo. O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.

É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com cerca de 272,9 milhões de falantes, o português é a quinta língua mais falada no mundo, a terceira mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul da Terra.

Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. Entretanto, o idioma é também largamente utilizado como língua franca nas antigas colônias portuguesas de Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial, Guiné Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África. Além disso, por razões históricas, falantes do português são encontrados também em Macau, no Timor-Leste e em Goa.

O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável". Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo.

 

                           História         

O português se originou no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal, derivada do latim vulgar que foi introduzido no oeste da península Ibérica há cerca de dois mil anos. Tem um substrato céltico/lusitano, resultante da língua nativa dos povos ibéricos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da península (Galaicos, Lusitanos, Célticos e Cónios). Surgiu no noroeste da península Ibérica e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga Lusitânia e da Bética romana. O romance galaico-português nasce do latim falado, trazido pelos soldados romanos, colonos e magistrados. O contacto com o latim vulgar fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialectos. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras línguas ibéricas através do contacto das diferentes línguas nativas locais com o latim vulgar, o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano, durante a época das invasões bárbaras no século V quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX, e no século XV tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica.

Chegando à Península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles o latim vulgar, de que todas as línguas românicas (também conhecidas como "línguas novilatinas" ou "neolatinas") descendem. Só no fim do século I a.C. os povos que viviam a sul da Lusitânia pré-romana, os cónios e os celtas, começam o seu processo de romanização. As línguas paleo-ibéricas, como a Língua lusitana ou a sul-lusitana são substituídas pelo latim. A língua difundiu-se com a chegada dos soldados, colonos e mercadores, vindos das várias províncias e colónias romanas, que construíram cidades romanas normalmente perto de cidades nativas.

A partir de 409 d.C. enquanto o Império Romano entrava em colapso, a península Ibérica era invadida por povos de origem germânica e iraniana ou eslava (suevos, vândalos, búrios, alanos, visigodos), conhecidos pelos romanos como bárbaros que receberam terras como fœderati. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na Idade Média e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular continuou a evoluir de forma diferenciada levando à formação de um proto-ibero-romance "lusitano" (ou proto-galego-português). Desde 711, com a invasão islâmica da península, que também introduziu um pequeno contingente de saqalibas, o árabe tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas, o moçárabe nas áreas sob o domínio mouro, de tal forma que, quando os mouros foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no léxico, com a introdução de cerca de mil palavras através do moçárabe-lusitano.


       Em 1297, com a conclusão da reconquista, o rei D.Dinis I prossegue políticas em matéria de legislação e centralização do poder, adoptando o português como língua oficial em Portugal. O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um império colonial e comercial (1415-1999) que se estendeu do Brasil, na América, a Goa, na Ásia (Índia, Macau na China e Timor-Leste). Foi utilizada como língua franca exclusiva na ilha do Sri Lanka por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas línguas crioulas baseadas no português também apareceram em todo o mundo, especialmente na África, na Ásia e no Caribe.

Em março de 1994 foi fundado o Bosque de Portugal, na cidade sul-brasileira de Curitiba; o parque abriga o Memorial da Língua Portuguesa, que homenageia os imigrantes portugueses e os países que adotam a língua portuguesa; originalmente eram sete as nações que estavam representadas em pilares, mas com a independência de Timor-Leste, este também foi homenageado com um pilar construído em 2007. Em março de 2006, fundou-se em São Paulo o Museu da Língua Portuguesa.

O português é conhecido como "A língua de Camões" (em homenagem a Luís Vaz de Camões, escritor português, autor de Os Lusíadas) e "A última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac). Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável". O Dia da Língua Portuguesa e da Cultura é comemorado em 5 de Maio, sendo promovido pela CPLP e celebrado em todo o espaço lusófono.

      

         museu da Língua portuguesa sp

Inaugurado oficialmente no dia 20 de março, o Museu da Língua Portuguesa abriu suas portas ao público no dia 21 de março de 2006. Em seus três primeiro anos de funcionamento mais de 1.600.000 pessoas já visitaram o espaço, consolidando-o como um dos museus mais visitados do Brasil e da América do Sul.

 

O Museu contou com uma equipe de criação e pesquisa composta por mais de trinta profissionais qualificados, dentre eles sociólogos, museólogos, especialistas em língua portuguesa e artistas que trabalharam sob a orientação da Fundação Roberto Marinho, instituição conveniada ao Governo do Estado de São Paulo responsável pela concepção e implantação do museu.

Seu projeto foi avaliado em aproximadamente R$37.000.000,00 (trinta e sete milhões de reais) que foram usados para financiar a criação, pesquisa, implantação do museu e restauro do Prédio da Estação da Luz. O projeto arquitetônico é de autoria de Pedro Mendes da Rocha e Paulo Mendes da Rocha.

O Museu da Língua Portuguesa, dedicado à valorização e difusão do nosso idioma (patrimônio imaterial), apresenta uma forma expositiva diferenciada das demais instituições museológicas do país e do mundo, usando tecnologia de ponta e recursos interativos para a apresentação de seus conteúdos.

Os principais objetivos do Museu da Língua Portuguesa são:
- mostrar a língua como elemento fundamental e fundador da nossa cultura;
- celebrar e valorizar a Língua Portuguesa, apresentada suas origens, história e influências sofridas;
- aproximar o cidadão usuário de seu idioma, mostrando que ele é o verdadeiro “proprietário” e agente modificador da Língua Portuguesa;
- valorizar a diversidade da Cultura Brasileira;
- favorecer o intercâmbio entre os diversos países de Língua Portuguesa;
- promover cursos, palestras e seminários sobre a Língua Portuguesa e temas pertinentes;
- realizar exposições temporárias sobre temas relacionadas à Língua Portuguesa e suas diversas áreas de influência.


dia 07 de junho corpos christi

Corpus Christi é uma expressão em latim que significa “Corpo de Cristo”, e é um feriado comemorado pela religião Católica. Corpus Christi é celebrado 60 dias depois da Páscoa, e no domingo depois de Pentecostes, e normalmente com procissões em vias públicas.

A celebração de Corpus Christi é marcada por procissões em diversos estados brasileiros, a procissão é feita nas ruas, onde as pessoas podem testemunhas e adorar a imagem do Corpo e Sangue de Cristo. Existem diversas cidades com procissões tradicionais, como em Pirenópolis, Goiás, que possui a tradição dos tapetes de serragem colorida e flores do cerrado, em Castelo, no Espírito Santo, onde as ruas são decoradas com enormes tapetes coloridos, assim como São Paulo, Minas Gerais, e outros.

 

                           Origem de Corpus Christi

A origem da Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo começou no Século XIII, em 1269. A Igreja Católica sentiu a necessidade de que as pessoas sentissem a presença real de Cristo.

Conta a história, que existia um sacerdote chamado Pedro de Praga, que vivia angustiado por dúvidas sobre a presença de Cristo na Eucaristia. Decidiu então ir em peregrinação ao túmulo dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma, para pedir o dom da fé. Ao passar por Bolsena, na Itália, enquanto celebrava a Santa Missa, foi novamente acometido da dúvida. Na hora da Consagração veio-lhe a resposta em forma de milagre: a hstia branca transformou-se em carne viva, respingando sangue, manchando seu corpo, os sangüíneos e as toalhas do altar sem no entanto manchar as mãos do sacerdote, pois, a parte da hóstia que estava entre seus dedos, conservou as mesmas características.

O Papa Urbano IV, pediu que os objetos fossem levado para Orviedo em uma grande procissão, e foi nesse momento que a festa de Corpus Christi foi decretada.

Centenario de Luiz Gonzaga

Em 13 de dezembro de 1912, nasceu o Rei do Baião, no pequeno vilarejo com o emblemático nome de Exu, no sertão pernambucano, e recebeu o nome de Luiz Gonzaga Nascimento. Luiz porque era dia de Santa Luzia, Gonzaga por sugestão do vigário que o batizou, e Nascimento por ser o mês em que Maria deu à luz Jesus. Ele era filho de Ana Batista de Jesus, uma cabocla bonita conhecida como Santana, e de Januário José dos Santos, o único tocador de sanfona da região, um fole de oito baixos.

Segundo dos nove filhos do casal, aos 8 anos já empunhava sua sanfona e recebia cachê para cantar e tocar a noite inteira em festas da região. Em 1920, era famoso por lá. Quatro anos depois, por causa de uma enchente, a família se mudou para Araripe. Lá, Gonzaga adquiriu um fole Kock de oito baixos, com a ajuda de um coronel, que pagou a metade do preço do instrumento. Luiz Gonzaga já ganhava mais que o pai, mas não tanto para comprar sozinho o fole, muito acima de suas posses.



Em 1926, ele foi para o Rio de Janeiro. Lá, se apaixonou por Nazarena, mas o pai da moça não gostou nem um pouquinho do namoro. Arrumou uma confusão e acabou vendendo sua sanfoninha de oito foles, indo em seguida para o Ceará. Aumentou sua idade para entrar no exército, e virou soldado Nascimento. Correu o país em missões militares durante a Revolução de 1930. Enquanto isso, seu pai, mestre Januário, conseguiu reaver a sanfona que Gonzaga tinha vendido. Gonzaga continuou no exército e, nas horas de folga, não deixava de ouvir músicas no rádio. Aí, decidiu fazer um concurso para músico, no exército mesmo – mas foi reprovado. Não conhecia a escala musical. Então, virou soldado-corneteiro e ganhou o apelido de Bico de Aço. Ainda no exército, em 1936, aprendeu a tocar sanfona de 120 baixos; comprou uma de 48 baixos e tocou em algumas festas. Ele pagou uma pequena fortuna para comprar uma sanfona branca, Honner, de 80 baixos, de um caixeiro-viajante. Só que o cara era um vigarista. Luiz Gonzaga, que a essa altura servia em um quartel em Ouro Preto (MG), foi então pra São Paulo atrás do vendedor pilantra. Não conseguiu achar o sujeito, mas não voltou de mãos vazias. Com o dinheiro que faltava pagar ao caixeiro-viajante, comprou uma sanfona igualzinha a que o fulaninho que o enganou ofereceu a ele.

Em 1939, Gonzaga deu baixa do exército. Voltou para o Rio com intenção de, de lá, ir para casa em Exu. Mas acabou ficando na Cidade Maravilhosa. Foi no Rio que apresentou pela primeira vez em um palco, o cabaré chamado O Tabu.

Ritmos estrangeiros invadiram o país como consequência da grande guerra e Luiz Gonzaga não se fez de rogado: tocava todo tipo de música, incluindo blues e fox trot. Voltando às raízes, em 1940 foi ao programa de rádio de Ary Barroso, Calouros em Desfile; tocou a música “Vira e Mexe”, de sua terra, e conseguiu nota máxima. Então, ele foi trabalhar com Zé do Norte no A Hora Sertaneja, programa da Rádio Transmissora. No ano seguinte, assinou contrato com gravadora RCA Victor e lançou 4 músicas em um disco de 78 rotações. Gravou mais dois e ganhou destaque na mídia. Gonzagão gravou 30 discos instrumentais - não podia cantar neles por imposição da gravadora. Seu sucesso, até então, era apenas como sanfoneiro.


Em 1943, viu o sanfoneiro catarinense Pedro Raimundo se apresentar com roupas de gaúcho. Decidiu, então, vestir-se com roupas típicas do nordeste. E mais: irritou-se com a interpretação que Manezinho Araújo deu a uma composição sua em parceria com Miguel Lima: “Dezessete e Setecentos”. Resolve cantá-la. E aí seu sucesso só fez crescer, crescer e crescer. Gonzagão foi para a Rádio Nacional, onde Paulo Gracindo acabou divulgando seu novo apelido, Lua, por ter cara redonda. Em 1945, gravou seu primeiro disco tocando e cantando. O hit é “Dança Mariquinha”. O sucesso aumentou. Gravou mais e, em 1947, lançou a música que é um ícone de sua obra e um dos grandes clássicos da MPB: “Asa Branca”, em parceria com Humberto Teixeira. Foi também nessa época que adotou o acessório que marcou sua imagem, um chapéu de couro igual ao que Lampião usava. No ano seguinte, casou-se com Helena das Neves. Mas Luiz Gonzaga já tinha um filho de 3 anos de uma relação anterior, Luiz Gonzaga do Nascimento Junior. Posteriormente, adotou uma menina com Helena, a Rosa Maria.

Em 1949, muito preocupado com a violenta guerra entre coroneis que acontecia em Exu, resolveu trazer a família para o Rio. Começou a compor muito, principalmente em parceria com Humberto Teixeira e Zé Dantas. Suas músicas passaram a ser gravadas também por outros intérpretes e, em 1951, ele já era o Rei do Baião. A gravadora RCA Victor trabalhava praticamente só para ele. Em 1955, gravou seu primeiro disco de 45 rotações e, em seguida, o primeiro LP, de 10 polegadas e 33 rotações. Em 1958, no auge da Bossa Nova, gravou um LP de 12 polegadas: Xamego.


Em 1961, Luiz Gonzaga resolveu virar Maçom. Sofreu seu segundo acidente de carro e feriu o olho direito. Dois anos depois, sua sanfona Universal foi roubada e ele adotou, definitivamente, a sanfona branca. Mandou gravar “É do Povo” em todos os seus instrumentos.

Depois do golpe militar, em 1965, Geraldo Vandré gravou “Asa Branca” e Gilberto Gil começou a falar do Rei do Baião em suas entrevistas. Luiz Gonzaga gravou “Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores”, hino contra a ditadura, e “Fica Mal com Deus”, ambas compostas por Vandré.









Aconteceu uma coisa engraçada em 1968. Carlos Imperial começou a espalhar que os Beatles gravaram “Asa Branca”! Mentira, claro. Luiz Gonzaga ocupou de novo muito espaço na imprensa por causa dessa brincadeira e virou destaque na revista Veja com a matéria “Gonzaga: a volta do Baião”. Em 1971, Caetano Veloso e Sérgio Mendes gravam “Asa Branca”. O nordestino de Exu virou sucesso entre os hippies.

 No ano seguinte, aos 59 anos, Gonzaga se apresentou para um público jovem no Teatro Teresa Raquel, no Rio, uma iniciativa de Capinam. Deixou a RCA Victor e foi para a Odeon. O grego Demis Roussos também gravou “Asa Branca”, em versão em inglês, “White Wings”.

Em 1980, ele cantou para o Papa João Paulo II e recebeu um “obrigado, cantador”. Ele se emocionou muito. Em 1982, virou, enfim, Gonzagão. O filho, Gonzaguinha, o acompanhou numa turnê e já mostrava que só daria orgulho ao pai. Os dois haviam gravado juntos o LP Descanso em Casa, Moro no Mundo, grande sucesso. Em 1984, ganhou seu primeiro Disco de Ouro com o LP Danado de Bom. Três anos depois, veio o Disco de Platina com Forró de Cabo a Rabo. Em 1988, foi para a gravadora Copacabana. Lá gravou seus últimos LPs.


Naquele ano, separou-se de Helena e assumiu a relação com Edelzuíta Rabelo. Em 1989, Gonzagão se apresentou pela última vez, surgindo no palco em uma cadeira de rodas. Ele sofria de osteoporose e, desobedecendo ordens médicas, participou de um show, com Dominguinhos, Alceu Valença e Gonzaguinha, entre outros, no dia 6 de junho no teatro Guararapes, em Recife. No dia 21 de junho foi internado e morreu no dia 2 de agosto, aos 76 anos, no Hospital Santa Joana, na capital pernambucana. Curiosamente, nesse mesmo dia, uma galinha pela qual Luiz Gonzaga tinha grande estima morreu também. A galinha estava em uma das fazendas que o Rei do Baião havia vendido com tudo dentro, fazendo, porém, uma recomendação especial para cuidarem muito bem da bichinha. Dizem que ela morreu de tristeza.